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Pedagogia destaca o brincar afetivo como ferramenta essencial no acolhimento de crianças atípicas

Data: 27/05/2025 | 0 Comentário


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Em uma iniciativa que uniu teoria, prática e sensibilidade, alunos do curso de Pedagogia participaram, nesta terça-feira (07/05), da aula “O brincar como intervenção: a ludicidade no acolhimento de crianças atípicas”. Ministrada pela professora Helenrose Valin, a atividade reforçou a importância do afeto e da brincadeira como pilares no desenvolvimento emocional e social de crianças com necessidades específicas.

A dinâmica foi dividida em três etapas interconectadas. Na primeira, os alunos experimentaram o “brincar solitário”, atividade que os levou a refletir sobre os sentimentos de isolamento e autonomia que crianças atípicas podem vivenciar. “Ao se colocarem no lugar do outro, os futuros educadores compreendem a complexidade de emoções envolvidas no processo de aprendizagem”, explicou a professora Helenrose Valin.

No segundo momento, houve análise de textos teóricos sobre ludicidade e inclusão, seguida da criação de mapas mentais em grupo. Os trabalhos destacaram conceitos como empatia, criatividade e adaptação curricular, ilustrando como a brincadeira pode ser uma ponte para a comunicação não verbal.

A aula encerrou-se com uma atividade artística: os alunos representaram, por meio de desenhos, formas de expressar afeto no dia a dia escolar. “O desenho livre permitiu que externalizassem, de modo simbólico, a importância do cuidado e da presença ativa do educador”, comentou Helenrose.

Em entrevista, a professora Helenrose Valin ressaltou a urgência de formar educadores preparados para lidar com a diversidade: “Brincar não é apenas um ato recreativo. É uma linguagem universal que, quando mediada com afeto, rompe barreiras e acolhe diferenças. Crianças atípicas, em especial, encontram na brincadeira um espaço seguro para se expressar e se conectar com o mundo”.

A coordenadora do curso de Pedagogia, professora Suélen Maria Pereira, reforçou a relevância da iniciativa: “Essas vivências práticas são transformadoras. Elas permitem que os alunos integrem teoria e emoção, entendendo que a docência vai além do conteúdo curricular. Formar professores humanizados é essencial para construirmos uma educação verdadeiramente inclusiva”.

A atividade não apenas debateu metodologias, mas também incentivou uma mudança de perspectiva: ao final, os alunos relataram maior conscientização sobre o papel do afeto na mediação de conflitos e no estímulo ao desenvolvimento integral. Como concluiu uma das participantes, “aprendi que, às vezes, o silêncio de uma criança pode ser ouvido no seu brincar”.

A aula reforça tendências contemporâneas na Pedagogia, que priorizam abordagens sensíveis e personalizadas, especialmente em contextos de inclusão. Para a instituição, o evento é um passo significativo na formação de educadores capazes de transformar realidades por meio do cuidado e da escuta ativa.




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