Alunas de Pedagogia da Faculdade de Sorocaba desenvolvem projeto educacional para criança com deficiência
0 ComentárioNa Faculdade de Sorocada, a disciplina ministrada pela professora Ma. Ana Célia Oliveira, no curso de Pedagogia, é "Didática, Estratégia e Recursos Educacionais para Pessoas com Deficiência". Além de dinâmica, a matéria é cheia de atividades práticas que servem para que os alunos vivenciem de fato a teoria com a prática do dia a dia. Com a necessidade de distanciamento social e a suspensão das atividades presenciais devido a pandemia da COVID-19, Ana se viu em uma situação atípica e precisou criar uma nova forma de engajar seus alunos nas aulas.
"pensando nesta forma diferenciada de continuar desenvolvendo a teoria e a vivência prática com os alunos, surgiu a ideia de lhes lançar um desafio que viesse de encontro com o momento que estamos vivendo e que os levassem para a reflexão, pesquisa e ação”, conta Ana Célia.
Com isso em mente, a professora propôs aos alunos que pensassem em como desenvolver um plano pedagógico, para a inclusão de alunos com deficiência que estão em casa neste momento de isolamento. Lançado o desafio, ela elaborou um cronograma de ações que os alunos deveriam seguir.
"Incluiu pesquisas, reuniões como o grupo de trabalho, esboço escrito do plano de ação com justificativa, objetivos, metodologias, avaliação e culminância. Gravação de vídeos apresentando o plano de ação e finalização com slides, contendo todas a informações de preparação e desenvolvimento do plano de ação”, afirma a docente.
Foi então que, Maysa Pires, uma das alunas, contactou a administradora de empresas, Eliamara de O. Andrade, mãe de Benjamim Deolli de Andrade, de 8 anos. Uma criança com Síndrome de Down que ela conheceu quando fazia sua primeira graduação.
Sabendo que durante o seu percurso escolar Benjamim encontrou muitas dificuldades de adaptação curricular, ela propôs aos pais dele que participassem do seu projeto e deixasse que ela e suas colegas de grupo, construíssem um plano de ação pedagógica para a criança, afim de ajudá-la no aprendizado mesmo à distância. A proposta foi aceita sem pestanejar.
Maysa então, Adriana Martins, Ederlane Batalha, Edinéia Vieira, Maria Lucia e Vanessa de Aragão, para desenvolver o trabalho com Benjamim. A primeira etapa foi entrevistar os pais dele por meio de uma vídeo conferência, para coletar as informações sobre o seu processo de aprendizagem.
"Após a coleta de informações foi elaborado um cronograma de ações diárias, com atividades para a ampliação de vocabulário, desenvolvimento da fala, escuta, contação de histórias por meio de vídeos, atividades de arte e elaboração de uma apostila adaptada para atender as reais necessidades de aprendizagem de Benjamim e com orientações para a família”, explica Ana Célia.
Colocadas as atividades em prática, o grupo faz o acompanhamento das atividades e registra em portfólio, para que possam verificar a evolução e o processo de aprendizagem de Benjamim.
As alunas, afirmam que a experiência está sendo muito rica e que esperam poder mostrar que é possível incluir Benjamim e outras tantas crianças na escola e na sociedade. E para isso, é necessário, primeiramente, um trabalho pedagógico bem estruturado.