Quando decidimos fazer:
Em terreno onde hoje se encontra o Colégio UNIESP de Presidente Prudente, a UNIESP – entidade em que está inserida a Fundação UNIESP Solidária – começou os trabalhos, em 2005. Inicialmente, a ideia era apenas que mudas de árvores nativas fossem plantadas no local.
Isso, por sinal, chegou a ser feito, mas já no ano seguinte nosso líder, Fernando Costa, tornou-se presidente do Rotary Clube da cidade. Daí surgiu a decisão de, contando com o apoio de empresas e órgãos locais, realizar toda a recuperação do córrego, e não apenas a parte que consta no terreno do colégio.
O projeto, então, ganhou corpo, mas ainda não era o ideal. Por isso, sempre provando que a cidadania é uma das vigas mestras de nossa estrutura, o presidente Fernando Costa decide ampliar de vez as ações: tendo o apoio da Petrobrás, fica decidido que toda a bacia do Córrego Cedro seria recuperada.
Por que decidimos fazer
A bacia do Córrego Cedro atinge a área urbana de Presidente Prudente. Por sinal, 30% da água consumida pelos mais de 200 mil habitantes da cidade são captados justamente neste local, que é um manancial de abastecimento público municipal.
“O problema é que suas águas estão poluídas das mais diversas formas, e por isso necessitam ser tratadas adequadamente. Além disso, o consumo da cidade é muito maior do que a capacidade de produção do córrego, o que obriga a prefeitura a captar o restante necessário ao abastecimento dos munícipes a mais de 60 km de distância. Tal procedimento, obviamente, aumenta o custo da água ao consumidor final”, explica Pedro Sérgio Mora Filho, coordenador de projetos da UNIESP.
A partir do momento em que estiver completa e totalmente recuperado, o que deverá acontecer no máximo dentro de oito anos, a capacidade de fornecimento de água do Córrego Cedro aumentará em 20%. “Pode parecer pouco, mas isso significará que metade da água consumida em Presidente Prudente será proveniente desta reserva, barateando o custo final”, salienta Mora.
Como estamos fazendo
Em 2008, a Câmara Municipal de Presidente Prudente criou uma lei que tornou a área do Córrego Cedro de proteção e recuperação de manancial de abastecimento público municipal.
Isso incentivou o Ministério Público local a abrir expediente e chancelar o projeto. “Ou seja: a partir de então, a ação capitaneada pela Fundação UNIESP Solidária ficou habilitada a receber recursos públicos. Tais doações são feitas de diversas formas: em dinheiro, mão de obra, mudas, produtos, etc.”, conta Pedro Sérgio Mora Filho, coordenador de projetos da UNIESP.
Outra forma que o poder público encontrou para contribuir com o projeto foi transformar possíveis penas ambientais em auxílio direto ao Córrego Cedro. “Funciona assim: determinada pessoa, física ou jurídica, é indiciada por algum tipo de delito ambiental. A fim de que o caso não se arraste na Justiça, lhe é proposto que a possível futura pena seja convertida em ações benéficas ao projeto. Dependendo da gravidade do ato, o juiz determina qual conversão deve acontecer – multa pecuniária, entrega de material (como arame, por exemplo), e assim por diante”, explica Mora.