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UNIESP – Diadema: FAD realiza Encontro sobre Consciência Negra 2016

Data: 02/12/2016 | 0 Comentário


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Aconteceu no dia 24 de novembro, o Encontro sobre Consciência Negra da Faculdade Diadema – FAD. O Dia da Consciência Negra é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares que se tornou símbolo de luta e resistência, morreu defendendo sua comunidade e seus direitos.

Este momento dedicado ao debate foi importante no que diz respeito à valorização da contribuição que a cultura africana trouxe ao país, para que haja fortalecimento e o reconhecimento quanto a importância do debate com o intuito de diminuirmos um problema aparente e real, o racismo. Essa homenagem nesse dia traz a importância de um líder negro e a influência africana na cultura nacional. O debate e estas ações são fundamentais para reafirmar a luta contra o racismo, pontuar avanços nesta busca e fortalecimento de ideias.

O evento foi organizado pela bibliotecária Juliana Pires, a aluna de Pedagogia Martha Bonfim e coordenado pelo diretor da FAD Prof. Ewerton Visotto. As atividades foram realizadas explorando vários espaços da Instituição.

Na Biblioteca houve uma palestra com Sabrina Santos, que abordou assuntos como o racismo estrutural e o papel da mulher negra na sociedade contemporânea, seguida da apresentação performática e musical, da aluna e cantora Lucinete Santos.

Dando continuidade às palestras, houve uma mesa de debate sobre questões raciais mediada pelo professor e coordenador do curso de Marketing Rogério Salgado de Oliveira e os palestrantes convidados Patrícia Santos de Jesus, consultora  de recursos humanos, que palestrou no TED x São Paulo em julho de 2016, sócia-fundadora na Empregue Afro, atuante há 10 anos no mercado, abordou questões como o negro no mercado de trabalho, carreiras e oportunidade, e o palestrante professor Ivanci Vieira dos Santos, docente da rede pública e estadual, que abordou questões como teorias raciais, combate ao racismo e reparações. Assuntos de suma importância no que diz respeito a avaliação e validação de politicas públicas de igualdade racial e reafirmação cultural.

Segundo Patrícia, “os negros precisam se identificar e ter orgulho de ser negro, pois, esta fala de pardo, preto, moreno, acaba desclassificando o candidato a uma vaga específica dentro de uma empresa. O negro tem que se assumir como negro e se apresentar de tal forma para poder ganhar seu espaço”.

 “O racismo velado existente no Brasil é a pior das formas de discriminação, pois agride de forma indireta porém nociva ao negro. O fato de comparar o negro com o macaco é uma forma de desumanizá-lo pela sua cor”, relatou o professor Ivanci.

Durante a apresentação das palestras, no pátio da Faculdade aconteceu uma Feira com artesanatos e comidas típicas e jogos de tabuleiro córtex, reforçando o quanto temos da influência negra na nossa cultura e dia a dia. Tivemos realização de tranças de raiz com Wilza Aparecida Santos, artesanato em vários materiais com Nilza Artesanatos e convidados, artesanato em tecidos étnicos com Cristiane Gandra, Agendas e Livros relacionados à questões raciais com Alisson Marco Bezerra Vieira, Barraca de Acarajé com Dona Gina, Barraca de Tapioca com Nitinha, Doces de origem africana com Vitor e Maria e  jogos de tabuleiro, dados e cartas cortes com Marco Aurélio da Silva, jogos que propunham interação, troca de conhecimento e, principalmente, o divertimento com jogos originários de várias partes do mundo.

“O evento trouxe por meio de várias atrações e debates a necessidade de estar em contato com tudo aquilo que fala de nós quanto povo, de entendermos a importância das políticas públicas de igualdade racial e do debate como instrumento agregador e transformador”, explicou o diretor Ewerton.

Para Jefferson, aluno do último semestre de Pedagogia, “ver a faculdade movimentada motiva a gente a querer estudar mais, fazer outros cursos. Em quatro anos aqui fazia tempo que não tinha essa experiência de feira temática e debates sobre temas tão relevantes.

Para fechar, o docente Rogério Salgado argumentou,”o conhecimento é a única forma de elucidar e desmistificar o processo do racismo. afinal as crianças não nascem racistas, elas aprendem e se tornam preconceituosas”.




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