A sociedade escravista perdurou no país por quase quatro séculos, tornando-o o último das Américas a abolir a escravidão. Com uma aristocracia latifundiária de postura eurocêntrica, perpetuou-se a virulência em todos os setores da sociedade, aprofundando a pobreza e a miséria.

No campo educacional, a realidade mantém-se semelhante. Embora alguns avanços devam ser reconhecidos, os investimentos na área ainda se mostram insuficientes.

Atualmente, cento e trinta e sete anos após a abolição, constata-se que os lares afetados pela pobreza e pela insegurança alimentar são, em grande parte, aqueles em que os responsáveis apresentam poucos anos de escolaridade.

Esse cenário, que se reproduz de forma cíclica, foi objeto de debate durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), culminando, em setembro de 2015, na elaboração do documento “Transformando o Nosso Mundo”, que deu origem à Agenda 2030. Tal iniciativa tem como propósito erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade até o ano de 2030.

Nesse contexto, o Centro Universitário UNI FAMA, integrante do grupo UNIESP, comprometido com os projetos de desenvolvimento nacional e com o fortalecimento da soberania do povo brasileiro, tem investido de forma significativa em seu projeto de extensão voltado para a Agenda 2030.

No ano de 2025, a instituição definiu como foco de seu projeto de extensão os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1 e 2, reconhecendo que o direito à educação está presente, ainda que de maneira indireta, mas de forma relevante, em ambos os objetivos — uma vez que a alimentação adequada influencia diretamente o desempenho e o sucesso escolar.

Todos os cursos da instituição estão engajados na tarefa de ressignificar os saberes acadêmicos, tendo a comunidade externa como parceira no enfrentamento da pobreza e na construção coletiva do conhecimento.

Profª. Ma. Elza da Silva Carlos