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UNIESP – Barueri: Docente da Alfacastelo publica artigo

Data: 10/08/2016 | 0 Comentário


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O professor e consultor sênior Moisés Bagagi, docente da Faculdade Alfacastelo, publicou no último mês um artigo intitulado “O desafio da educação do futuro” no portal Canal do Professor. Confira na íntegra o artigo publicado:

“A educação é fundamental para a construção de uma sociedade desenvolvida. E somente se pode considerar desenvolvida a sociedade cujos valores estejam arraigados na justiça, na disciplina, no equilíbrio, na gratidão, na produtividade efetiva e acima de tudo, na ética e na educação. Pode-se discutir todos esses valores, mas a educação é o meio de se obter todos eles.

A educação sempre obedeceu regras hierárquicas rígidas – professor e aluno ou pais e filhos – para garantir que todo o conhecimento adquirido com o passar do tempo fosse formalmente transferido e absorvido, de modo a moldar o caráter e ajudar na caminhada da vida. Mas isso está mudando e já há algum tempo.

As gerações que ensinam são sempre anteriores às que aprendem. Os professores são os mestres, os pais os grandes exemplos e os chefes os mentores de carreiras bem sucedidas. Todos têm experiência de vida, passaram pelos percalços do amadurecimento, estudaram muito (e isso foi fundamental ter boas escolas, no modelo antigo e formal) e se dedicaram a buscar e reter o conhecimento. Aos alunos, aos filhos e aos “estagiários” ou juniores, restam aprender e para alguns privilegiados, contribuir para a evolução do conhecimento.

Arcaico. Velho. Ultrapassado. Podemos classificar de muitas maneiras, mas o fato, é que a educação mudou, a forma de educar mudou, as relações mudaram e o conhecimento mudou além da nossa compreensão. A sociedade agora é muito mais conectada, com uma intensidade e quantidade de informações – muitas vezes de péssima qualidade – e uma independência assustadora. A geração “Z” vem com tudo. Pra quem sempre julgou a inquietude da geração “Y”, a nova geração é muito mais ágil, mais dispersa e ao mesmo tempo, mais capaz do que nunca de transformar o conhecimento e a educação em algo extraordinário.

A geração que busca por si só informações, que não aceita o que lhes é imposto, que vence as barreiras de relacionamentos com seus professores, pais e chefes (o que acontecerá em breve) de maneira muito natural fará a nova revolução na educação. O futuro não será deles. O futuro já é deles.

Portanto, o grande desafio da educação do futuro – ou pelo menos um deles – será deixar que o conhecimento flua naturalmente (e não culturalmente) mas com a missão dos que já viveram mais, de repassar fortemente os valores morais e éticos que tanto fazem falta na sociedade egoísta que construímos ao longo do século passado. Será preciso uma mudança de paradigmas para entender, definitivamente, que se aprende com os mais velhos e com os mais jovens. Que um não deve se sobrepor ao outro e que a conexão das redes é uma aliada poderosa, se bem utilizada.

A educação no futuro não começa amanhã ou na próxima década. Ela já começou e estará cada vez mais pressionando a postura dos mestres e dos discípulos a transformarem a sociedade. E a transformar juntos!”




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